Virou uma febre nas redes sociais os textos em formato de listas. Parece ser uma metodologia bem didática e bastante apropriada para o rápido ambiente virtual. Resolvi então aderir à moda e exercitar essa maneira diferente de escrever aproveitando um tema bastante comum e que costuma gerar tantos problemas na nossa igreja. Não sou um especialista em liturgia, mas ao longo da minha caminhada, estudando, praticando e vendo outros grupos de música acho que aprendi pelo menos essas coisas…
Espaço para divulgação, discussão e informação relacionadas a bandas e grupos musicais.
09 março 2015
10 coisas que um músico não deve fazer na liturgia
Virou uma febre nas redes sociais os textos em formato de listas. Parece ser uma metodologia bem didática e bastante apropriada para o rápido ambiente virtual. Resolvi então aderir à moda e exercitar essa maneira diferente de escrever aproveitando um tema bastante comum e que costuma gerar tantos problemas na nossa igreja. Não sou um especialista em liturgia, mas ao longo da minha caminhada, estudando, praticando e vendo outros grupos de música acho que aprendi pelo menos essas coisas…
02 março 2015
O ministério do animador do canto ou regente
Por Pe. José Carlos Sala
A unidade das vozes do povo reunido em celebração e a dinâmica e fluência do canto dependem, em grande parte, do animador do canto ou do regente. “Convém que haja um cantor ou regente de coro para dirigir e sustentar o canto do povo. Mesmo não havendo um grupo de cantores, compete ao cantor dirigir os diversos cantos, com a devida participação do povo” (IGMR 104; cf. MS 21).
A unidade das vozes do povo reunido em celebração e a dinâmica e fluência do canto dependem, em grande parte, do animador do canto ou do regente. “Convém que haja um cantor ou regente de coro para dirigir e sustentar o canto do povo. Mesmo não havendo um grupo de cantores, compete ao cantor dirigir os diversos cantos, com a devida participação do povo” (IGMR 104; cf. MS 21).
Trata-se de um ministério a serviço da unidade da assembleia que, através da condução/regência dos cantos contribui para um mergulho no mistério pascal celebrado e a consequente valorização da dimensão sacramental do canto da assembleia litúrgica: a unidade das vozes expressa a unidade da Igreja congregada no Espírito Santo que, sob a ação do mesmo Espírito entoa o “canto novo” diante do trono do Pai e do Cordeiro (cf. Ap 5,9).
Este ministério, quando devidamente exercido, contribui para o diálogo entre Deus e seu povo porque “a celebração dos mistérios da fé é função de todo o povo de Deus e se processa num rico diálogo entre os ministros e a assembleia, e destes com Deus, e este diálogo tem no canto o seu momento mais expressivo” (A Música Litúrgica no Brasil, 247).
Eis algumas características da pessoa que exerce este ministério: Estar engajado na vida de fé da comunidade, e desempenhar o serviço como resposta a um chamado de Deus; Cultivar uma profunda sensibilidade litúrgica e o gosto pela liturgia, o que lhe proporciona realizar o serviço com amor e dedicação; Ter percorrido uma caminhada de formação litúrgica a fim de compreender o que é próprio de cada rito e os ritmos próprios da celebração; Conhecer a função do canto e da música na liturgia e saber distinguir as partes que são próprias da assembleia das partes para solistas ou grupo de cantores; Ter alguma formação técnica em música para garantir boa qualidade na execução das músicas; Juntamente com a equipe de liturgia, colaborar na definição do repertório a ser cantado a partir de critérios litúrgicos, bíblicos, teológicos e estéticos.
Algumas dicas para melhor desempenhar este ministério:
a) Mostrar-se sumamente respeitoso(a) com as pessoas, acolhendo-as com um semblante pascal inspirando-lhes confiança, serenidade e segurança;
b) Estar em um lugar visível, orientando a assembleia durante os cantos da celebração;
c) Manter a “atitude espiritual” (o gesto corporal, o sentido teológico-litúrgico do mesmo gesto e a dimensão afetiva devidamente integrados) ao longo de toda a ação litúrgica; Postura de quem está vivendo em inteireza o momento de oração, com naturalidade e simplicidade;
d) Ter as mãos livres e, se necessário, usar uma estante de apoio para o livro e/ou partituras;
e) Estar em sintonia com os diversos ministérios: presidência, leitores, salmista, instrumentistas, grupo de cantores, equipe de celebração e assembleia para colaborar na unidade de todo o corpo celebrativo;
f) Animar o canto da assembleia, de modo a fazê-la vibrar em uníssono ao cantar estribilhos e refrãos ou hinos, ao responder ou aclamar com prazer à proclamação das Escrituras, e ainda levá-la a sintonizar profundamente com a Oração Eucarística.
g) Cuidar para que o volume dos instrumentos musicais e dos microfones não se sobreponha ao canto da assembleia. Em muitas comunidades, o excessivo volume dos instrumentos, como também a grande quantidade de microfones para os cantores, às vezes, não contribuem para um mergulho no mistério celebrado, antes, provocam a agitação interior e a dispersão, além de inibir a participação da assembleia no canto e tornar as celebrações demasiado barulhentas;
h) Não é conveniente cantar ao microfone todos os cantos da celebração. Durante os cantos que a assembleia conhece e participa ativamente de forma natural e espontânea, convém ao animador, como também ao grupo de cantores, que se afastem do microfone, aproximando-se um pouco mais nas partes em que a comunidade tem maior dificuldade em cantar. O canto litúrgico não é propriedade particular de um animador, regente, instrumentista, coral,... mas (Cf. CNBB, A música Litúrgica no Brasil, 247) pertence a toda a comunidade que celebra. O animador não está aí para “cantar na missa”, mas para fazer a comunidade participar ativamente da celebração;
i) Ensaiar as partes que cabem à assembleia, tais como: refrãos, aclamações, cantos do “ordinário da missa”, etc., antes do início de cada celebração.
j) Cuidar da dignidade da própria veste e da postura do corpo;
k) Reservar um momento de silêncio entre o breve ensaio e o início da celebração. Afinações de instrumentos e os testes de som são feitos antes da chegada dos fiéis para a celebração. Cada fiel que chega tem o direito de desfrutar de um momento de silêncio que lhe propicie fazer sua oração pessoal.
l) Quando é necessário, entoar um refrão meditativo antes da celebração para criar um clima m) Que os animadores do canto e regentes evitem certos “estrelismos”, postura de quem está fazendo um show ou de um “animador de auditório”, que transformam a celebração do mistério pascal em uma mera diversão religiosa. Tenho visto, com espanto, muitos animadores “roubarem a cena”, serem o centro das atenções, ofuscando o mistério e o próprio Cristo.
Em momentos de ensaios propriamente ditos, é bom observar o seguinte:
(Cf. CNBB, A música Litúrgica no Brasil, 248)
• Iniciar o ensaio com um refrão meditativo, de preferência com as referências Bíblicas do dia. Depois, pedir à assembleia que, enquanto se canta, ela acompanhe silenciosamente, escutando bem a melodia e lendo o texto, sobretudo quando se trata de um canto desconhecido;
• É mais adequado ensinar primeiro o refrão; depois, aos poucos, vão se introduzindo as estrofes. Não convém alongar-se demais no ensaio, tampouco ensaiar vários cantos novos a cada dia;
• É sempre bom escutar a assembleia sem os instrumentos musicais para confirmar seu aprendizado. Durante o ensaio, os instrumentos são muito discretos, apenas uma condução da linha melódica para facilitar a memorização do canto;
• Quando a comunidade já o estiver acompanhando, é hora de elogiá-la;
• Nunca se deve dizer que tal ou qual canto é difícil ou feio, já predispondo negativamente a assembleia;
• Quando oportuno, é bom fazer uma brevíssima introdução, antes de iniciar o ensaio de um canto, destacando o que há de mais importante em seu texto, a sua função litúrgica;
• Durante o canto, fazer gestos básicos de regência. Educar também a assembleia para os gestos de regência.
• A expressão facial deverá ser sempre alegre, incentivadora;
• Ter sempre em mente que a base para se cantar bem está na respiração e que uma das funções do(a) regente é ensinar a cantar e não se canta apenas com a boca, mas com todo o ser.
Este ministério, quando devidamente exercido, contribui para o diálogo entre Deus e seu povo porque “a celebração dos mistérios da fé é função de todo o povo de Deus e se processa num rico diálogo entre os ministros e a assembleia, e destes com Deus, e este diálogo tem no canto o seu momento mais expressivo” (A Música Litúrgica no Brasil, 247).
Eis algumas características da pessoa que exerce este ministério: Estar engajado na vida de fé da comunidade, e desempenhar o serviço como resposta a um chamado de Deus; Cultivar uma profunda sensibilidade litúrgica e o gosto pela liturgia, o que lhe proporciona realizar o serviço com amor e dedicação; Ter percorrido uma caminhada de formação litúrgica a fim de compreender o que é próprio de cada rito e os ritmos próprios da celebração; Conhecer a função do canto e da música na liturgia e saber distinguir as partes que são próprias da assembleia das partes para solistas ou grupo de cantores; Ter alguma formação técnica em música para garantir boa qualidade na execução das músicas; Juntamente com a equipe de liturgia, colaborar na definição do repertório a ser cantado a partir de critérios litúrgicos, bíblicos, teológicos e estéticos.
Algumas dicas para melhor desempenhar este ministério:
a) Mostrar-se sumamente respeitoso(a) com as pessoas, acolhendo-as com um semblante pascal inspirando-lhes confiança, serenidade e segurança;
b) Estar em um lugar visível, orientando a assembleia durante os cantos da celebração;
c) Manter a “atitude espiritual” (o gesto corporal, o sentido teológico-litúrgico do mesmo gesto e a dimensão afetiva devidamente integrados) ao longo de toda a ação litúrgica; Postura de quem está vivendo em inteireza o momento de oração, com naturalidade e simplicidade;
d) Ter as mãos livres e, se necessário, usar uma estante de apoio para o livro e/ou partituras;
e) Estar em sintonia com os diversos ministérios: presidência, leitores, salmista, instrumentistas, grupo de cantores, equipe de celebração e assembleia para colaborar na unidade de todo o corpo celebrativo;
f) Animar o canto da assembleia, de modo a fazê-la vibrar em uníssono ao cantar estribilhos e refrãos ou hinos, ao responder ou aclamar com prazer à proclamação das Escrituras, e ainda levá-la a sintonizar profundamente com a Oração Eucarística.
g) Cuidar para que o volume dos instrumentos musicais e dos microfones não se sobreponha ao canto da assembleia. Em muitas comunidades, o excessivo volume dos instrumentos, como também a grande quantidade de microfones para os cantores, às vezes, não contribuem para um mergulho no mistério celebrado, antes, provocam a agitação interior e a dispersão, além de inibir a participação da assembleia no canto e tornar as celebrações demasiado barulhentas;
h) Não é conveniente cantar ao microfone todos os cantos da celebração. Durante os cantos que a assembleia conhece e participa ativamente de forma natural e espontânea, convém ao animador, como também ao grupo de cantores, que se afastem do microfone, aproximando-se um pouco mais nas partes em que a comunidade tem maior dificuldade em cantar. O canto litúrgico não é propriedade particular de um animador, regente, instrumentista, coral,... mas (Cf. CNBB, A música Litúrgica no Brasil, 247) pertence a toda a comunidade que celebra. O animador não está aí para “cantar na missa”, mas para fazer a comunidade participar ativamente da celebração;
i) Ensaiar as partes que cabem à assembleia, tais como: refrãos, aclamações, cantos do “ordinário da missa”, etc., antes do início de cada celebração.
j) Cuidar da dignidade da própria veste e da postura do corpo;
k) Reservar um momento de silêncio entre o breve ensaio e o início da celebração. Afinações de instrumentos e os testes de som são feitos antes da chegada dos fiéis para a celebração. Cada fiel que chega tem o direito de desfrutar de um momento de silêncio que lhe propicie fazer sua oração pessoal.
l) Quando é necessário, entoar um refrão meditativo antes da celebração para criar um clima m) Que os animadores do canto e regentes evitem certos “estrelismos”, postura de quem está fazendo um show ou de um “animador de auditório”, que transformam a celebração do mistério pascal em uma mera diversão religiosa. Tenho visto, com espanto, muitos animadores “roubarem a cena”, serem o centro das atenções, ofuscando o mistério e o próprio Cristo.
Em momentos de ensaios propriamente ditos, é bom observar o seguinte:
(Cf. CNBB, A música Litúrgica no Brasil, 248)
• Iniciar o ensaio com um refrão meditativo, de preferência com as referências Bíblicas do dia. Depois, pedir à assembleia que, enquanto se canta, ela acompanhe silenciosamente, escutando bem a melodia e lendo o texto, sobretudo quando se trata de um canto desconhecido;
• É mais adequado ensinar primeiro o refrão; depois, aos poucos, vão se introduzindo as estrofes. Não convém alongar-se demais no ensaio, tampouco ensaiar vários cantos novos a cada dia;
• É sempre bom escutar a assembleia sem os instrumentos musicais para confirmar seu aprendizado. Durante o ensaio, os instrumentos são muito discretos, apenas uma condução da linha melódica para facilitar a memorização do canto;
• Quando a comunidade já o estiver acompanhando, é hora de elogiá-la;
• Nunca se deve dizer que tal ou qual canto é difícil ou feio, já predispondo negativamente a assembleia;
• Quando oportuno, é bom fazer uma brevíssima introdução, antes de iniciar o ensaio de um canto, destacando o que há de mais importante em seu texto, a sua função litúrgica;
• Durante o canto, fazer gestos básicos de regência. Educar também a assembleia para os gestos de regência.
• A expressão facial deverá ser sempre alegre, incentivadora;
• Ter sempre em mente que a base para se cantar bem está na respiração e que uma das funções do(a) regente é ensinar a cantar e não se canta apenas com a boca, mas com todo o ser.
Para Refletir:
• Em sua comunidade, há alguém que exerce o ministério de animador(a) ou regente)?
• Como acontece a unidade entre este(a) ministro(a) e a assembleia celebrante?
• Há comunhão entre os demais membros da equipe e o(a) animador(a) ou regente?
• Em sua comunidade e/ou Diocese, existem iniciativas de formação para os agentes de música litúrgica? Se não existe, o que podemos encaminhar para a formação litúrgico-musical dos agentes de canto e música litúrgica?
• Em sua comunidade, há alguém que exerce o ministério de animador(a) ou regente)?
• Como acontece a unidade entre este(a) ministro(a) e a assembleia celebrante?
• Há comunhão entre os demais membros da equipe e o(a) animador(a) ou regente?
• Em sua comunidade e/ou Diocese, existem iniciativas de formação para os agentes de música litúrgica? Se não existe, o que podemos encaminhar para a formação litúrgico-musical dos agentes de canto e música litúrgica?
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